Uma pesquisa feita por três cientistas norte-americanos revelou que entre as atividades de interagir com humanos, se alimentar ou brincar, metade dos gatos estudados preferiram a interação com pessoas, sendo eles de abrigos ou com tutores.
“A gente acha que não, mas os gatos gostam muito da companhia de pessoas, especialmente dos tutores. Sentem-se acolhidos, cuidados e seguros”, afirmou a médica veterinária Luciana Deschamps, da clínica Sr. Gato, ao jornal Metro.
A veterinária explica que a forma de socialização de cães e gatos é bem distinta. O cão sai quase todos os dias para passear, tendo contato com outros cães e pessoas. Já o gato não precisa e nem quer isso, pois para ele, o tutor e a casa bastam para mantê-lo feliz, mesmo que conviva com outros de sua espécie.
Mas muitas pessoas continuam preferindo cães a gatos, achando que os felinos são mais frios e desapegados aos tutores que os cães. Sobre as formas de amar das duas espécies a veterinária explica: “O gato ama incondicionalmente, mas de uma forma livre. Muitas pessoas não estão acostumadas a isso, querem a atenção do animal toda a hora, querem que ele sempre obedeça, são muito possessivas. O gato não tem que, nem vai, obedecer sempre”.
Luciana diz ainda que ninguém espera mais o tutor chegar em casa do que os gatos, pois amam estar em sua companhia. “Eles dormem com os tutores, ficam ao lado quando estamos lendo ou trabalhando e, especialmente, se estamos doentes. Eles são muito leais e preocupados”, diz.
Ela ainda explica que a intensidade da relação entre humano e gato deve ser estimulada não só pelo animal. “Se não dermos afeto, não mostrarmos que nos importamos, mais do que só alimentando, o gato vai perceber e aí sim vai se afastar do guardião.”